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Minha lembrança mais forte do meu avô, Raimundo Gomes, é sua impaciência. E da minha avó, Maria Rocidélia, também é sua impaciência. Apesar disso, o afeto que os dois tinham por mim permeia todas as minhas memórias, principalmente o de minha avó.

 

Rigorosa e, mesmo assim, branda, meu imaginário sobre Rocidélia perpassa pelas diversas tarefas que ela, como mulher, precisou exercer ao longo da vida: avó, mãe, esposa, dona de casa, costureira, professora, diretora, comerciante. Todas essas Marias continuam vivas, mas perdidas dentro da cabeça da Maria principal, diagnosticada em 2011 com a Doença de Alzheimer.

 

As fotos e o vídeo desta exposição virtual tratam das memórias que constituem e definem quem é Maria Rocidélia.

 

Uma lembrança conjunta de alguém que já não possui lembranças.

 

Mas vó, eu me lembro. Por nós dois

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